O Poeta e escritor Bulhão Pato (1829-1912) viveu, desde 1890, e faleceu, numa casa na Torre, no Monte de Caparica, perto da Quinta da Torre, do Conde dos Arcos.
Em 29 de Agosto de 1948, foi-lhe prestada uma homenagem, a que se associou a Câmara Municipal de Almada, sendo Presidente da Câmara, o Comandante Sá de Linhares, tendo Norberto de Araújo discursado na cerimónia de descerramento de uma lápide comemorativa na fachada do prédio onde viveu.
Na foto acima, Norberto de Araújo discursa, tendo ao seu lado direito, a 11ª Condessa dos Arcos, D. Maria do Carmo Giraldes Barba Noronha e Brito, e ao seu lado esquerdo, o médico e historiador de Arte – Professor Dr. João Barreira, que fez o discurso evocativo, D. Margarida Bulhão Pato, sobrinha do Poeta, o Comandante Sá Linhares, Presidente da Câmara Municipal de Almada e o jornalista e director do jornal «A Voz», Pedro Correia Marques.
Sobre Bulhão Pato cf. Conde dos Arcos. “Caparica através dos séculos”, Almada: Câmara Municipal, 1972; Vítor Wladimiro Ferreira. “No Monte com Bulhão Pato”, Lisboa: Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, 2000 e, a obra mais recente de Alexandre Magno Flores. Bulhão Pato na outra Banda, Junta de Freguesia da Caparica, 2012.
Eduardo Schwalbach (1860 — 1946), jornalista, escritor e dramaturgo, deputado e conservador da Biblioteca Nacional ainda na vigência da Monarquia, e por fim, director do Teatro Apolo, em Lisboa.
O Presidente da República Marechal Óscar Carmona inuagura a Feira do Livro, no Rossio, em Maio de 1938, visitando o stand da Editora Parceria António Maria Pereira, que publicitava o 1º volume das Peregrinações em Lisboa, tendo sido acolhido entre outros, por Norberto de Araújo.
Em Março de 1937, o Grupo dos “Amigos de Lisboa” promoveu uma visita guiada por Norberto de Araújo ao edifício de S. Vicente de Fora, que incluiu o antigo Mosteiro,
a Igreja e ao Panteão da Casa de Bragança. E, dado o sucesso do evento a Direcção do
Grupo dos “Amigos de Lisboa”, decidiu em boa-hora editar, em 1950, as palavras proferidas por Norberto de Araújo.
Na apresentação da obra diz-se: «Norberto de Araújo, jornalista integral, lisboeta integral também, espírito sensível e entendedor, como raros, da “formidável alma popular”, guiou os visitantes que foram milhares e que transformaram o aristocrático bairro de S. Vicente, nesse domingo luminoso, num santuário de romaria popular, com aquela vivacidade de
linguagem e poder descritivo de jornalista de verdade. As suas palavras de guia erudito-popular, são as que se seguem».
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